Quando no fim de Abril de 2010 saiu a revista faça fácil com cabaças muito giras pintadas à mão, começou a minha busca por as benditas “meninas” . Corri todas as lojas de sementes da zona e arredores em busca de sementes, mas a resposta era sempre a mesma:
- Já não vendemos.
- Já não existem.
-Etc.
Envolvi o meu pai na busca e ele andou de porta em porta a tentar encontrar, até que finalmente conseguiu um pequeno cone (como aquele das castanhas) de sementes.
Depois foi semear e todos os dias ir ver se já nascia alguma coisa, ao fim de algum tempo lá começaram a aparecer e a crescer.
Como o vaso estava a ficar pequeno, chegou a altura de as mudar para a terra mas aí é que a coisa não correu bem, só duas vingaram, todas as outras morreram. Comecei a desmoralizar e a não ligar muito às plantas, mas como elas iam apanhando um bocadinho de água todos os dias, quando a minha mãe regava os legumes ao pé, qual não foi o meu espanto quando um dia chego ao pé das plantinhas e uma tinha uma cabaça e a outra tinha oito cabaças.
O tempo foi passando e a planta secou apanhei as nove cabaças e coloquei-as à chuva e ao gelo, depois pendurei-as no alpendre onde passaram o doloroso inverno, para ficarem duras.
E agora um ano depois, lá estão elas fortes e prontas para serem decoradas. Mas é também agora que vem a parte pior, lavar e esfregar para retirar as peles, retirar as sementes, para não ter de ir mais de porta em porta, foi uma dor de braços…
Mas nem parece a mesma, no fim de lavadinha…
E como tudo começou por causa de uma cozinheira que vinha na faça fácil, a primeira cabaça que pintei teve de ser a dita cozinheira com algumas, mas poucas adaptações.
Eu adorei o resultado, e valeu a pena um ano de espera…
